Curriosidades

sexta-feira, 15 de junho de 2012

DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS


DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS



Todas as células do organismo são essencialmente dependentes do meio líquido normal e de um suprimento adequado de sangue. Ambos ou um desses sistemas de suporte podem estar alterados numa ampla variedade de quadros clínicos, e, por conseguinte, desequilibrio dos líquidos(edema ou desidratação) e distúrbios hemodinâmicos(hemorragia, trombose, embolia, infarto) são condições não apenas comuns como também ameaçadas da vida. Infarto do miocárdio é a causa predominante de morte em países industrializados. Edema cerebral ou dos pulmões é uma importante causa de morte. Hemorragia grave é causa frequente de morbidade e mortalidade.


-Distúbios que acometem a irrigação sanguinea e o equilibrio hidrico.

-> Alterações hidricas intersticiais 

Edema
edema é resultado do aumento da quantidade de líquido nos meio extracelular, sendo externo aos meio intravascular. Normalmente, 50% da quantidade de líquido corpóreo se localizam na célula, 40% estão no interstício, 5%, nos vasos e osoutros 5% compõem os ossos. Essa distribuição dos líquidos intersticial e vascular é mantida às custas da existência deuma hidrodinâmica entre esses dois meios, que mantêm uma troca equilibrada desses líquidos. O movimento do líquidodo sistema intravascular para o interstício ocorre, em grande parte, devido à ação da pressão hidrostática do sangue. Essasaída do líquido do vaso se localiza na extremidade arterial da rede vascular.

-> Alterações no volume sanguineo

Hiperemia 

“Aumento do volume de sangue em uma região por intensificação do aporte sangüíneo ou diminuição do escoamentovenoso” 
Ao contrário da isquemia, a lesão tecidual de causa hiperêmica é resultado de uma excessiva quantidade de sangue nolocal, inundando essa região. A intensificação do aporte sanguíneo, citado no conceito, caracteriza a hiperemia do tipoarterial ou ativo. O grande volume de sangue presente nesse caso provoca eritema, pulsação local e calor. A hiperemia éacompanhada de prévia isquemia ou pode estar sob a tríade isquemia-hiperemia-inflamação.A diminuição do escoamento venoso, também causa citada da hiperemia, caracteriza esta agora como sendo do tipovenoso ou passivo: nesse caso, não há retirada do sangue da zona em questão. A hiperemia venosa pode provocar edema,estase sangüínea, hiperpigmentação, proliferação fibrosa etc.As causas de cada tipo de hiperemia estão citadas abaixo: 
1)Hiperemia arterial: órgãos em atividade, inflamação, queimaduras, radiação, venenos
2)Hiperemia venosa: interferência na drenagem venosa devido a doenças primárias ou secundárias a região

Hemorragia

''Saída do sangue para fora da luz dos vasos”. 
As hemorragias podem ser classificadas, segundo
Guidugli-Neto (1997)
, quanto à sua origem (capilar, venosa, arterial oucardíaca), visibilidade (externa - quando o sangue é visível clinicamente; interna - não é visível) e quanto ao volume(petéquias - pequenas manchas; equimoses - áreas mais extensas; hematoma - coleção de sangue, em geral coagulado,localizada em cavidade neoformada; púrpura - empregado para hemorragias espontâneas; apoplexia - efusão intensa emum órgão, em geral, o sistema nervoso central). Conforme o local, as hemorragias recebem terminologia específica (por exemplo, epistaxe - sangramento do nariz; hemartrose - sangue em uma articulação).A patogenia da hemorragia se relaciona principalmente com a parede vascular. A passagem dos elementos sangüíneosatravés dessa parede (mecanismo denominado de diapedese), devido a descontinuidade desta (denominada rexis, quesignifica "rotura") ou sua erosão (diabrose, que significa "dia = através; brosis = perfuração"), constitui a etiopatogenia do processo hemorrágico. O aumento da permeabilidade vascular sem lesão prévia também pode provocar a saída dehemáceas para fora do sistema vascular.
Choque

“Deficiência aguda da corrente sanguínea no leito vascular periférico”. 
O choque é provocado por uma diminuição da perfusão de nutrientes para a célula devido à deficiência do aportesanguíneo. Isso pode ser causado por uma queda do volume sanguíneo circulante (é o que ocorre no choque hemorrágico), por uma propulsão cardiopulmonar inadequada ou por uma grande vasodilatação periférica (de capilares e veias).Sem uma circulação sangüínea ideal, os tecidos sofrem hipóxia e carência nutricional, o que leva a alterações reversíveis.A mudança de um sistema de respiração aeróbico para um anaeróbico, em decorrência da falta de oxigênio, induz aoacúmulo de ácido lático no local, provocando a instauração de lesões irreverssíveis e a morte celular.Os tipos de choque incluem o neurogênico, o cardiogênico, o traumático, o hemorrágico, por queimaduras, cirúrgico etc.A evolução clínica desses tipos depende do grau de recuperação do equilíbrio hemodinâmico conseguido pelos tecidosatingidos. No caso do choque hemorrágico, por exemplo, esse equilíbrio pode ser restituído por intermédio de umatransfusão sanguínea imediata ou pela introdução de outros líquidos.

-> Alterações por obstrução intravascular 

Embolia 
 “Presença de substância estranha ao sangue caminhando na circulação, levando à oclusão parcial ou completa da luz dovaso em algum ponto do sistema circulatório”. 
A substância estranha referida no conceito é denominada de êmbolo. Segundo Cotran et al. (1996), 99% dos êmbolos sãooriginários de trombos. Podem ser de constituição sólida, líquida ou gasosa:
 
Sólida: compreende trombos (nesse caso, o processo é chamado de tromboembolia), segmentos de placa deateroma, parasitas e bactérias, corpos estranhos (por exemplo, projétil de arma de fogo), restos de tecidos (por exemplo, de placenta durante a gestação), células neoplásicas etc. O êmbolo se distingue do trombo por não estar aderido à parede do vaso e por não assumir a anatomia da luz vascular, como acontece com o trombo. Osêmbolos sólidos podem levar a morte súbita, infarto ou hemorragia.
Líqüidas: os êmbolos líquidos estão principalmente sob a forma de gorduras; pacientes com extensasqueimaduras corpóreas ou fraturas generalizadas, principalmente dos ossos longos, podem promover a circulaçãode glóbulos gordurosos, os quais se deslocam da medula óssea e do tecido adiposo. A embolia gordurosa podecausar morte rápida, devido à sua alta capacidade de penetração em arteríolas e capilares, obstruindo amicrocirculação. Um outro tipo de embolia líqüida, agora bem mais raro, é a infusão de líquido amniótico nacirculação durante ou pós-parto.
Gasosa: o êmbolo gasoso pode ser de origem venosa (por exemplo, entrada de ar nas veias durante ato cirúrgicoou exames angiográficos) ou arterial (por exemplo, durante o parto ou aborto, em que há grande contração doútero e rompimento de vasos).A embolia pode originar isquemia — devido a obstrução dos vasos — ou infartos, conseqüência da isquemia.

Trombose 
A trombose consiste em uma alteração circulatória oriunda de uma reação hipermétrica (heterométrica) do sistema decoagulação ou de hemostasia. Diante de uma lesão vascular, esse sistema de coagulação entra em ação a fim de evitar o extravasamento sanguíneo. Oaumento na intensidade de ação desse sistema, aliado à diminuição da velocidade sanguínea, induz a formação de umtampão sólido — o trombo — anormal que, ao mesmo tempo que exerce sua função selante, impede também o bomfuncionamento dos vasos e da circulação sanguínea, tal a sua grande proporção. Daí o nome trombose, indicativo de umaformação anormal do trombo no vaso.A origem da trombose é multifatorial, com vários eventos relacionados às transformações circulatórias decorrentes delesões vasculares agindo concomitantemente.

Isquemia 

“Diminuição do afluxo de sangue em uma região”. 
O termo "isquemia" costuma ser empregado para as situações em que ocorre ausência total de afluxo sangüíneo em umlocal, devido a inúmeros fatores, a seguir descritos. Para as diminuições parciais do aporte sangüíneo, costuma-se empregar o termo "oligoemia". Usa-se "anemia" nos casos em que há diminuição total do volume sanguíneo, sendoutilizada também como sinônima da isquemia e da oligoemia; nesse caso, é mais adequado utilizar "anemia local".As causas da isquemia podem ser angiomecânicas extrínsecas (ação mecânica sobre o sistema sangüíneo ocasionada por agente externo ao organismo, por exemplo, compressão arteriolar por próteses totais sobre a mucosa) ou intrínsecas (ocasionadas por agentes intrínsecos ao organismo; por exemplo, doenças vasculares, como trombose, embolia eateroesclerose); angioespáticas (contrações vasculares reflexas) e distúrbios na distribuição sangüínea. Existem váriosgraus de isquemia, cada um deles trazendo diferentes conseqüências para o tecido. Estas podem variar de simplesadaptações teciduais ao novo nível de oxigênio (comum nas isquemias relativas e transitórias), passando por alteraçõesfuncionais manifestas por degenerações (como a esteatose), até quadros de morte celular. Os fatores ligados a essadiversidade de quadros isquêmicos envolvem o grau de afluência sangüínea comprometida, a existência ou não de umacirculação colateral existente e a demanda metabólica do tecidos atingidos pela carência de irrigação sanguínea.Segundo Guidugli-Neto (1997), nas isquemia relativas prolongadas, os órgão ficam com volume menor (atrofia), e podemevoluir para a necrose. Já nas isquemias absolutas, a necrose tecidual pode ser extensa, resultando em infarto. Casos, por exemplo, de isquemia leve e gradual nas coronárias não necessariamente chegam a quadros de infarto, devido aodesenvolvimento de uma circulação colateral intercoronária.

Infarto

“Morte tecidual devido à falência vascular”. 
 A diminuição da quantidade de sangue ou a sua não chegada aos tecidos pode provocar a morte destes. Nesse caso, o processo de irreversibilidade da vitalidade tecidual é denominado de infarto.Os infartos podem ser do tipo branco ou isquêmico, no qual ocorre tumefação e palidez local. O infarto isquêmico écomum no tecido cardíaco (por exemplo, infarto do miocárdio). ainda o infarto vermelho ou hemorrágico,caracterizado pela permanência do sangue do local no momento da obstrução arterial. Pode ainda ocorrer oclusão deveias, ocasionando também a permanência de sangue no local. Esse tipo é comum em tecidos frouxos (por exemplo, o pulmão), onde o extravasamento sangüíneo é facilitado.Os fatores condicionantes ao infarto compreendem aqueles que predispõem ao estabelecimento da isquemia. Assim, oestado geral do sistema cardiovascular, a anatomia da rede vascular (circulação dupla ou paralela, obstrução parcial e/ouvenosa da circulação única, circulação colateral) e a vulnerabilidade do tecido a isquemia (por exemplo, o tecido nervosoe o cardíaco) são alguns exemplos desses fatores.

TUDO SOBRE NEOPlASIA


Na área da saúde a palavra neoplasia tem a seguinte derivação: neo – novo e plasia – tecido, assim o próprio nome já traz em sí uma definição do que seja a neoplasia. O surgimento de novas células, só que de forma acelerada, anormal e descontrolada, podendo se tornar muito agressivas e invadir outros tecidos ou órgãos. Neoplasia é o mesmo que câncer, e tanto pode ser maligna quanto benigna.
Maligno
Maligno

O que é a neoplasia, seus tipos e diferenças

A neoplasia é a designação que recebe mais de 100 tipos diferentes de doenças, as quais têm em comum o crescimento de forma desordenada das células que passam a invadir outros órgãos e tecidos com a possibilidade de se espalhar por outras partes do corpo, que são as metástases. Estas células se dividem e se multiplicam muito rapidamente, tornando-se incontroláveis e formando tumores ou neoplasias malignas, que nada mais são do que a junção das células cancerosas. Já o tumor benigno é a junção de células que se multiplicam lentamente de forma semelhante ao tecido original, não constituindo via de regra, nenhum risco a vida. O que determina os diferentes tipos de câncer são as células que adoecem, uma vez que cada órgão é formado por células  diferentes na sua função e na sua morfologia, assim se a neoplasia inicia nos tecidos epiteliais é chamado de carcinoma, se inicia nos tecidos conjuntivos é chamado sarcoma, e assim sucessivamente. Outro critério que define os tipos de neoplasias são a velocidade e agressividade das células cancerígenas, ou seja, a velocidade com que se multiplicam e a violência com que invadem outros tecidos e órgãos, sejam próximos ou distantes.
Neoplasia
Neoplasia

O que causa a neoplasia?

As causas atribuídas a neoplasia são muito variadas e podem ser tanto internas quanto externas ou ambas. As causas externas se relacionam ao controle do meio ambiente em que o homem vive e seus hábitos e costumes, nesse segmento entram a poluição, a exposição a gases e substancias tóxicas e radioativas, a alimentação, a dependência de drogas, cigarro, sol, vírus, etc. As causas internas são aquelas determinadas pela genética e pela capacidade que o organismo tem de se defender das agressões. Assim mesmo que exista a pré-disposição genética, uma pessoa com hábitos saudáveis terá maiores chances de evitar a doença, dando condições ao próprio organismo de se defender da agressão sofrida.
Cervical
Cervical

Diagnóstico, tratamento e cura

O diagnóstico da neoplasia é dado pelo médico após uma anamnese cuidadosa seguida de exames laboratoriais e de imagem quando apropriado. O tratamento da doença deve ser avaliado por um médico especialista em oncologia juntamente com uma equipe multiprofissional. As indicações mais comuns são de cirurgia plastica , quimioterapia e  radioterapia combinadas ou isoladas, além de outras formas de tratamento que estão surgindo através das constantes pesquisas realizadas nos centros de estudo. Quanto a cura do câncer, mesmo que os cientistas não tenham descoberto nenhuma droga capaz de erradicar qualquer e todo tipo de câncer, as indicações de tratamento apresentadas, quando aplicadas precocemente garantem uma boa probabilidade de cura. Os médicos são unânimes em afirmar que quanto mais cedo a neoplasia for diagnosticada e quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de uma cura efetiva. Por isso é fundamental a prevenção e a visita ao médico regularmente, mas de 50% dos tipos de câncer já podem ser curados quando se obtém um diagnóstico precoce.

NEOPLASIA


O QUE É...

SIGNIFICA LITERALMENTE ALTERAÇOES CELULARES QUE ACARRETAM UM CRESCIMENTO EXAGERADO DESTAS CÉLULAS, OU SEJA PROLIFERAÇÃO CELULAR ANORMAL.A NEOPLASIA PODE SER MALIGNA OU BENIGNA.

NEOPLASMA

NEOPLASMA E UMA MASSA ANORMAL DE TECIDO, CUJO CRESCIMENTO ULTRAPASSA E NÃO É COORDENADO COM OS TECIDOS NORMAIS E PERSISTE NAS MESMAS MANEIRAS EXCESSIVAS DEPOIS DA INTERRUPÇÃO DOS ESTIMULOS QUE DERAM ORIGEM A MUDANÇA.
 EXEMPLOS

 MALIGNOS

O ADENOCARCINOMAO CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (TECIDOS EPITELIAL OU CONJUNTIVO)
O CARCINOMA BRONCOGÊNICO

O TERATOMA MALIGNO

BENIGNOS

• EXEMPLOS DE NEOPLASIA BENIGNA:

O LIPOMA

O ADENOMA










fonte: Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças - 7ª Ed. 2005

quinta-feira, 31 de maio de 2012

INFLAMAÇÂO AGUDA E CRÔNICA

   A inflamação é uma resposta do tecido vivo vascularizado à lesão. É desencadeada por infecções microbianas, agentes físicos, substâncias químicas, tecidos necróticos ou reações imunes. A inflamação deve conter e isolar a lesão,destruir os microorganismos invasores e as toxinas inativas e preparar o tecido para o reparo. Apesar de ser fundamentalmente um mecanismo de defesa, a inflamação pode ser prejudicial, por reações de hipersensibilidade potencialmente fatais ou lesionar o órgão de uma maneira progressiva e permanente com uma inflamação crônica e fibrose subsequente (p. ex..artrite reumatóide, aterosclerose). A resposta inflamatória em geral é caracterizada por:
- Dois componentes principais:uma reação vascular e uma reação celular.
- Efeitos mediados por proteínas do pasma e por fatores produzidos no local pelas paredes dos vasos        
  sanguineos ou células inflamatórias.
- a inflamação termina quando o agente agressor é eliminado e os mediadores secretados são destruídos;   
  mecanismo antinflamatórios ativos também estão envolvidos.
    A inflamação pode ser aguda ou crônica:


Inflamação aguda: inicia-se rapidamente (em alguns segundos ou minutos) e tem uma duração relativamente curta (alguns minutos e alguns dias);envolve a exudação de líquido (edema) e migração de célula polimorfonuclear (neutrofilo).

Inflamação cronica: tem uma intalação maior (dias) e uma duração maior (semanas a anos); envolve 
linfócitos e macrófagos e induz a proliferação de vasos sanguineos e fibrose.

Fonte: Resumo – Patologia geral Robbins.

terça-feira, 17 de abril de 2012

OBESIDADE



A obesidade é considerada uma doença crônica, da mesma forma que a hipertensão arterial e o diabetes. Assim, seu tratamento também deve ser estendido por um período prolongado. Atualmente, estamos observando uma epidemia mundial  de obesidade. No Brasil, sabe-se que aproximadamente 18 milhões de pessoas são consideradas obesas. Confira abaixo algumas informações sobre obesidade publicadas pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
 
10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Obesidade

1- A obesidade é uma doença crônica, que afeta um número elevado de pessoas por todo o mundo. Porém, opção por uma rotina alimentar saudável e a prática de exercícios físicos podem contribuir com a prevenção e tratamento. Confira abaixo as 10 Coisas que Você Precisa Saber sobre a Obesidade: 
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal e pode acarretar graves problemas de saúde e levar até à morte. O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três décadas.
  
2- Em muitos casos, a obesidade é diagnosticada através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Ele é feito da seguinte forma: divide-se o peso do paciente (em Kg) pela sua altura (em metros) elevada ao quadrado. De acordo com o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o resultado fica entre 18,5 kg/m2 e 24,9 kg/m2, o peso é considerado normal. Entre 25,0 kg/m2 e 29,9 kg/m2, sobrepeso, e acima deste valor, a pessoa é considerada obesa.  


3- Existem três tipos de definições quando uma pessoa está acima do peso. O sobrepeso é quando há mais gordura no corpo do que o ideal para uma vida saudável. A obesidade se dá quando o acúmulo de gordura é muito acima do normal, podendo gerar até problemas graves de saúde. A obesidade mórbida é quando o valor do IMC ultrapassa 40 kg/m2. Nesse caso, médicos podem recomendar até cirurgias como tentativa de reverter a situação.  


4- A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas físicos como artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula.  


5- A obesidade pode, também, mexer com fatores psicológicos, acarretando diminuição da autoestima e depressão.  


6- São muitas as causas da obesidade. O excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo, a disfunções endócrinas. Por isso, na hora de pensar em emagrecer, procure um especialista.  


7- Para o diagnóstico de obesidade, médicos podem usar fatores de risco e outras doenças para terem a noção da gravidade da situação do paciente. Por exemplo, apnéia do sono, diabetes mellitus tipo 2 e arteriosclerose são doenças que indicam a necessidade urgente de tratamento clínico da obesidade.  


8- Segundo consta na Lei 11721, assinada em junho de 2008, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 11 de outubro é Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A data havia sido criada, há cerca de dez anos, pela Federação Latino-Americana de Obesidade, porém reconhecida, em 1999, pelo Governo Federal e instituída no Brasil, na época, com o nome de Dia Nacional de Combate à Obesidade.  


9- A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada. O estilo de vida sedentário, as refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos com fritura e açúcar se refletem no aumento de pessoas obesas, em todas as faixas etárias, inclusive crianças.  


10- Está comprovado que relacionamentos sociais e romances são menos frequentes entre obesos, já que eles saem menos de casa devido a diminuição da autoestima. Agora, uma vez existindo o relacionamento, a obesidade pode interferir no relacionamento sexual. Ela está relacionada à redução da testosterona, o que pode levar a redução de libido e a problemas de ereção nos homens. Já nas mulheres, existe uma redução dos níveis de hormônio feminino e aumento no nível dos masculinizantes. As mulheres têm aumento de pêlos, irregularidade menstrual e falha na ovulação. As chances de todos esses problemas se resolverem, com uma perda de peso na ordem de 10%, são bem grandes.
Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia